• B"H - Beit Chabad
  • Curitiba, Paraná

Esta data marca o aniversário de falecimento do Rebe Yossef Yitschac e o início de Sessenta anos de inspiração e liderança do Rebe Menachem Mendel seu genro.

O dia 10 de Shevat marca a data do início dos sessenta anos da inspiração e liderança do Rebe na nossa geração. Vejamos em algumas linhas o que aconteceu nesses anos todos.

O Rebe Anterior, nos dez anos (1940-1950) que passou nos Estados Unidos, embora confinado a uma cadeira de rodas, conseguiu mudar drasticamente a topografia do mapa judaico. Porém, havia ainda muito a fazer. Quando o Rebe Menachem Mendel sucedeu a seu sogro, todos já esperavam que ele desse um tremendo empurrão ao movimento Chabad-Lubavitch. E agora, quando festejamos 60 anos de inspiração e liderança do Rebe, ficamos estupefatos pelo volume de seus feitos.

1923-Rebe com seu sogro

Chabad não tem o monopólio da dedicação espiritual; muitos outros fazem bastante a esse respeito. Porém, a performance dos chassidim do Rebe é ímpar. Se tentar louvar qualquer um deles pelo trabalho maravilhoso, ouvirá a mesma resposta: "Não sou eu; é o Rebe que o faz."
E isso não é dito por humildade; é realmente sua pura crença. É o Rebe quem realmente faz, e não só de forma espiritual. O Rebe literalmente iniciou e continua guiando e inspirando todas as atividades de seus seguidores.

Provavelmente, alguns chassidim gostariam de tirar umas férias e desfrutar de todas as "conquistas", mas como poderiam, se o Rebe nunca tirou sequer um dia de férias! O Rebe nunca conheceu cansaço ou desalento. Afinal, se o projeto começou por causa do Criador, Ele deve e vai ajudar.

Quando observávamos o Rebe cada vez se exigindo mais, podíamos nos negar a fazer a nossa parte? O Rebe trazia luz e lógica novas a qualquer assunto, refrescando nossa apreciação do seu sentido e nos reinspirando a atos cada vez maiores.

1930-Rebe com seu sogro, Rebe Yossef Yitschac

Há líderes e grupos que discordam da filosofia de Chabad ou de alguns de seus métodos. Porém, qualquer sentimento negativo para com estes desaparece, ao observarmos a maneira que o Rebe os tratava. É fato conhecido que o Rebe lhes dava substancial ajuda financeira, além de apoio moral, pois apesar de adotarem atitude antagonista para com Chabad, exerciam uma influência positiva no fortalecimento da Torá – e isto é o mais importante!

O Rebe jamais deixou de atender pessoas simples ou causas de menor importância. A prova mais cabal são as milhares de cartas contendo conselhos, ajuda e bênçãos a estes "pequenos". Essas missivas, compiladas em dezenas de volumes, estão à disposição de todos.

Para o Rebe, nada era pequeno demais nem grande demais. Por isso, os chassidim tentam seguir este exemplo, ajudar material ou espiritualmente os necessitados. É importante frisar que os chassidim não se ocupam apenas de atividades beneficentes e comemorações alegres, mas que o estudo de Torá é parte vital de sua vida.

Conectados

Carta escrita pelo Rebe, Menachem Mendel Shneersohn, sobre o procedimento que deveria ser adotado por ocasião de Yud (10 de) Shevat, data de falecimento de seu sogro, o Rebe Anterior.
A partir dela, foi possível estabelecer quais seriam as diretrizes a serem adotadas com o falecimento do próprio Rebe.

Com a Graça de D’us,
Rosh Chôdesh Shevat, 5711
Brooklyn, New York.

Que D’us esteja convosco!
Paz e Bênção!

Em resposta à pergunta de muitos, a respeito de uma detalhada programação para o décimo dia de Shevat – que venha para o bem – dia do yahrzeit de meu mestre e sogro, o Rebe Rayats, por meio desta, sugiro:

  • Que no Shabat antes do yahrzeit, todos procurem ser chamados à Torá. Se o número de Aliyot (8) não for suficiente – que seja feita a leitura da Torá em recintos diversos, porém nunca acrescentando aliyot ao número usual de chamados.
  • Procurem escolher para Maftir o mais eminente do grupo com o consentimento da maioria do minyan – ou através de um sorteio.
  • Escolham e nomeiem quem será o chazan no dia do yahrzeit, sendo o mais correto dividir as orações, de forma que um reze Arvit, outro Shacharit e um terceiro Minchá, para proporcionar este mérito a um maior número de Chassidim.
  • Acendam uma vela que dure 24 horas e, se possível, de cera.
  • Durante as orações, devem ser acesas cinco velas.
  • Após a tefilá (pela manhã, depois da leitura do Tehilim), o chazan deve estudar da mishná o capítulo 24 do Tratado de Kelim e o capítulo 7 do Tratado de Micvaot. Posteriormente, deverá dizer a mishná "Rabi Chananyá ben Acashya... veya’dir", pronunciar silenciosamente algumas linhas do Tanya, e dizer o Cadish de’Rabanan.
  • Depois da oração de Arvit, deve ser recapitulado parte do Maamar (discurso chassídico) do dia do falecimento (que se inicia com a frase "Bati Legani", impresso no Cuntrês nº 74) oralmente. Não havendo alguém capaz de dizê-lo de cor, pode ser dito acompanhando o texto. O mesmo deve ser feito após a Prece Matinal, concluindo-o após a oração de Minchá.
  • Pela manhã, antes da oração, deverá ser estudado um capítulo de Tanya, o mesmo sendo feito após a oração de Minchá.
  • Pela manhã, antes da oração, cada um deve fazer uma doação às causas ligadas ao nosso líder, o Rebe Rayats; esta deverá ser feita, em nome do doador e de cada um de seus familiares. Deve-se repetir este procedimento antes da oração de Minchá.
  • 1950-Assumindo a liderança
    Após a Prece Matinal e a recapitulação do Maamar – que cada um leia um pan – pidyon nêfesh (obviamente, usando o gartel). Aqueles que tiveram o privilégio de entrar em yechidut com o Rebe Rayats, ou pelo menos de ter visto o seu semblante, procurem visualizá-lo, durante a leitura do pan, imaginando-se diante dele. Depois, o pan deverá ser colocado entre as páginas de um Maamar ou Cuntrês de ensinamentos do Rebe Rayats, remetendo-o (se possível – no próprio dia) para que seja lido em seu túmulo.
  • No decorrer da data, deve estudar capítulos de mishnayot que se iniciam com as letras do nome do Rebe Rayats.
  • Durante este dia, deve-se realizar ou participar de um farbrenguen.
  • Deve-se fixar um horário durante o dia para falar aos familiares sobre o Rebe Rayats e o trabalho que realizou durante toda sua vida.
  • Nesse mesmo dia deve-se organizar visitas (aos aptos para tal) às sinagogas e às casas de estudo da cidade, e lá recordar uma frase ou dito dos ensinamentos do Rebe Rayats; explicar seu imenso amor a todos os judeus; anunciar e divulgar sua tacaná (regulamento) de diariamente falar Tehilim (Salmos – conforme divididos pelos dias do mês) estudar a Porção diária do Chumash com a explicação do Rashi, e – em locais apropriados – dissertar também sobre o estudo do Tanya conforme dividido para os dias do ano. Se possível deve-se realizar tudo isto num clima de hitvaadut (encontro chassídico).
  • As pessoas indicadas para tal deverão visitar locais de grupos juvenis religiosos – e esforçar-se o máximo possível, de forma pacífica, para ir ver também grupos juvenis ainda não religiosos – explicando-lhes o quanto eram queridos pelo Rebe Rayats, qual sua expectativa em relação a eles e a esperança e confiança neles depositadas; assim, finalmente acabariam cumprindo sua missão no fortalecimento do judaísmo, e na difusão da Torá com todo o entusiasmo, fervor e vitalidade, característicos dos jovens. Obviamente, havendo condições no local, estas atividades também devem ser realizadas nos dias posteriores ao yahrzeit, particularmente no Shabat seguinte.
    Que D’us apresse a vinda do nosso Redentor, quando se despertarão em louvores os que jazem na terra, e nosso líder, o Rebe Rayats, cujo yahrzeit é neste dia, entre eles, fazendo-nos presenciar milagres, conduzindo-nos pelo caminho que nos levará à Casa de D’us.

(Assinatura do Rebe)